Para os aventureiros e curiosos que se aventuram a explorar os segredos do mundo, poucos lugares intrigam tanto quanto Edonguera, uma ilha misteriosa que permanece oculta por um fenômeno conhecido como Véu de Edonguera. Tive o privilégio de conversar com o renomado artista e pesquisador Makulelu, que compartilhou comigo fascinantes informações sobre essa linda ilha e seu enigmático véu.
Segundo Makulelu, o Véu de Edonguera é como uma capa etérea que envolve e esconde a ilha. Enquanto alguns acreditam que seja semelhante a um espelho que torna a ilha invisível aos olhos dos forasteiros, a verdade é que o Véu de Edonguera é um fenômeno único e intrincado que só pode ser compreendido pelos nativos da ilha.
“Descobrimos que ninguém pode chegar a Edonguera sem estar acompanhado por alguém nascido lá”, revelou Makulelu. Essa peculiaridade confunde e encanta aqueles que ouvem falar da ilha, mas nunca tiveram a chance de visitá-la. Muitos consideram Edonguera uma mera ficção, enquanto outros, sortudos o suficiente para vivenciar sua beleza, afirmam ter vivido em um sonho.
Makulelu compartilhou uma história fascinante sobre sua jornada pela China, onde teve a oportunidade de conviver com sábios que guardam as crônicas dos peregrinos de Edonguera e que fizeram o Caminho dos Xarilaus. Esse grupo foi responsável por estabelecer os primeiros contatos interculturais entre Edonguera e os sábios que vivem nas fronteiras entre China e Nepal e entre China e Mongólia.
Xai Liu Gai Tiani
“Foi uma experiência marcante em minha vida”, afirmou Makulelu. Ele descreveu como conheceu Xai Liu Gai Tiani, uma importante mentora e conhecedora das conexões entre Edonguera e diversas linhas de pensamento encontradas na região dos Himalaias. Xai Liu era descendente de uma peregrina edongueriana, a corajosa Larília Galulu, que partiu do porto de Lengália com a expedição original liderada por Garílio Xarilau.
Em sua convivência com Xai Liu, Makulelu teve a oportunidade de presenciar os fascinantes “cantos do firmamento”. Esses cantos eram uma combinação do I-Ching, antigo livro chinês das mudanças, e da cosmovisão edongueriana. Eram melodias que pareciam fluir das geometrias das constelações e das frequências das estrelas, proporcionando uma experiência transcendental.
“Ao ouvir esses cantos, senti uma erupção de criatividade e uma profunda conexão com o cosmos”, compartilhou Makulelu. Xai Liu guiava seu grupo com maestria, conduzindo-os a um transe profundo, até que, em um momento de ápice criativo, os encorajava a cantar, dançar e tocar instrumentos.
Inspirado por essas experiências, Makulelu compôs a música “Parará Kutê”, que incorpora mantras especiais da região de Xai Liu e honra as poderosas conexões entre Edonguera e a Ásia moderna. A música é uma representação tangível do mundo, uma semente e um mapa colorido da criação.
Ao encerrar nossa conversa, Makulelu ressaltou a importância de compreender que a cartografia edongueriana transcende as categorias convencionais do mundo. “Edonguera é um assunto antigo e profundo, e suas conexões com o cosmos vão além do que a ciência comum pode explicar”, concluiu.
O Véu de Edonguera e suas peculiaridades continuam a cativar a imaginação daqueles que desejam desvendar os mistérios dessa ilha enigmática. Enquanto o Véu permanece um desafio para os forasteiros, os habitantes de Edonguera desfrutam de sua aura mística e das ricas experiências que ela proporciona.
É impossível não se sentir instigado e encantado pelas narrativas e experiências compartilhadas por Makulelu. Edonguera permanece como uma joia escondida no mundo, reservando seus segredos apenas para aqueles que têm a fortuna de adentrar em sua esfera mágica e revelar suas belezas ao mundo.
Manuriel Dandarga é jornalista e viajante curioso, sempre em busca de histórias fascinantes para compartilhar com o mundo.
[Este artigo foi baseado em uma entrevista exclusiva com o artista e pesquisador Makulelu, com permissão para divulgação de informações sobre Edonguera e o Véu de Edonguera.]
